Rio dos Afogados, Passo do Rio dos Afogados, assim é citado a povoação surgida logo após o perÃodo das capitanias hereditárias e ao longo do tempo transformada em um dos mais tradicionais bairros da Capital Pernambucana. Venda dessas terras, por herdeiros de Jerônimo de Albuquerque, então doadas pelo donatário Duarte Coelho são relatadas por diversos historiadores. Localizado em uma região coberta de mangues, o nome Afogados deve-se aos muitos afogamentos havidos, principalmente, no rio Cedro, um afluente do rio Capibaribe, com cheias periódicas por influencia das marés.Â
Construções da época como o Aterro de Afogados, uma Ponte sobre o rio foram grandes aliados no processo de povoamento; de igual modo a proximidade com o coração do Recife, a presença de religiosos como os da “Irmandade  do Sacramento” e  o surgimento da Capela  em seguida transformada em igreja dedicada a Nossa Senhora da Paz.Â
Historiadores também dão conta da forte presença, no povoado, de holandeses da época de Nassau; da participação de moradores no  movimento separatista em prol da autonomia de Recife, a conhecida Guerra dos Mascates e em outros tantos movimentos mais recentes que marcaram a história do PaÃs.Â
Paralela a essas participações ativa em movimentos de lutas polÃticas e sociais o bairro cresceu tornando-se importante núcleo habitacional e industrial até um passado recente. Atualmente, fábricas e  indústrias cederam os  espaços a outras  atividades não menos importantes,  sem  desnaturar a vocação do bairro com uma população cada vez mais crescente, abrigando centros de saúde, escolas de primeiro e segundo grau, biblioteca pública, cartório, clubes sociais, agremiações carnavalescas, intenso comercio e  agencias bancárias; possui, ainda, um  mercado popular e uma feira livre, redutos de cultura, lazer e gastronomia.Tudo isso  dando vida própria a esse que é um dos primeiros bairros da capital pernambucana. O Bairro de Afogados.